Quando se produz um texto a primeira impressão é que para produzi-lo deve-se dominar a língua materna, a sua gramática e normas ortográficas para que se tenha êxito na produção. Mas será que apenas o domínio gramatical é suficiente para para a produção de textos coerentes? A resposta para este questionamento está em volto a várias "visões" que se tem em como deve ser o ensino da língua portuguesa aqui no Brasil.
Dentre estas "visões" tem-se a tradicional ou utilitária defendida por alguns linguistas, nesta o ponto primordial está na gramática formal, em contra partida existe uma outra mais libertária, que confronta em alguns aspectos com a primeira, onde a linguística analisa o contexto; um desses linguistas que defendem está temática, diga-se de passagem, com maestria, é o professor da Unicamp Sírio Possenti que em sua entrevista no programa do apresentador Juca Kfouri, traz um olhar mais amplo--- principalmente na questão da produção de textos, onde para ele a gramática é importante, porém um texto compreensível necessita de uma análise contextual mais vasta.
Existe uma certa ignorância quando "pensamos que sabemos tudo ao ler ou ouvir alguém pronunciar---'menas' antes de verificar o contexto na qual ela se utilizou, deve-se portanto levar em conta inúmeros aspectos linguísticos e contextuais respeitando-os, tais como a oralidade e a localidade (aqui tratando da regionalidade de cada estado ou cidade), comum a todos nós.
Isto remete também como deve-se enxergar o ensino da língua portuguesa no país, a necessidade da quebra de alguns tabus, onde o que importa não é habilidade de compreender, organizar as ideias para redigir textos; o ensino está "focalizado" apenas em reproduzir a gramática, utilizá-la apenas para "aprender" a ler e escrever tornando os alunos apenas "revisores" e não "produtores" de texto.
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